
Para todo bom
investidor, conhecer os riscos de seus investimentos é fundamental para tomar
decisões. Para empresários, a expansão de seus negócios, normalmente, está
fundamentado em investimentos; abrir novas lojas, comprar equipamentos,
expandir sua fábrica ou até adquirir novos produtos e empresas. Nem sempre,
porém, estas decisões estão fundamentadas em análises de risco que demonstrem
se este investimento é realmente viável.
As análises de
investimento, então, são ferramentas essenciais para encontrar os caminhos mais
assertivos, comparando cenários e as expectativas de retorno. Através dela é
possível quantificar o tempo necessário de retorno (para que o aporte “se
pague”), assim como avaliar indicadores que demonstram se realmente vale a
pena avançar com o plano de investimento.
O que é uma
análise de investimentos?
Em suma, se trata
de um estudo, com base em técnicas contábeis e financeiras, que busca apurar se
há viabilidade para a realização de um determinado investimento. De forma
geral, consideramos “viáveis” aqueles projetos em que: há retorno
financeiro sob o valor investido – ou seja, o aporte se converte no lucro
pretendido – e o prazo de retorno atende as expectativas da empresa.
A análise leva em
conta tanto fatores econômicos e contábeis (como a estrutura de gastos e a
previsão de faturamento) como produtivos e mercadológicos (analisando, por
exemplo, o potencial de receita de um determinado produto ou segmento).
O que eu
preciso para fazer uma análise de investimentos?
As fórmulas econômicas
utilizadas para calcular os indicadores de viabilidade, levam em conta 2
principais informações: Fluxo de Caixa e TMA (Taxa Mínima de Atratividade).
O fluxo de caixa
se trata do demonstrativo contábil que computa as saídas e entradas da empresa.
Sendo assim, para formatá-lo para um novo investimento, é necessário saber: a
estrutura de gastos da empresa, a projeção de sua receita e o valor total do
investimento.
Já a TMA se refere
à “Taxa Mínima de Atratividade”, um conceito econômico que determina o
menor percentual de retorno que o investimento deve ter, para que ele ser
considerado “viável”. Neste caso, ela depende de diversos fatores
externos, como a taxa básica de juros (SELIC), o fator de risco do segmento e a
liquidez desejada.
Como realizar
uma análise de investimentos?
Existem diversos indicadores econômicos
nos que ajudam a analisar os riscos e a viabilidade de um investimento. Há,
porém, 4 deles que são essenciais em qualquer análise:
1. Payback
Este indicador nos informa o tempo
necessário para que o investimento inicial seja recuperado, ou seja, para que o
valor total investido retorne em forma de lucro.
Neste caso, podemos ter dois tipos de
payback: o simples e o descontado. A principal diferença entre eles é que o
payback descontado leva em conta o valor do capital ao longo do tempo,
utilizando a TMA como taxa de desconto para os fluxos de caixa futuro. Entre os
dois, é o mais confiável, já que não se pode considerar que o capital terá o
mesmo valor ao final de uma projeção financeira de longo prazo.
A avaliação a ser considerada aqui é se
o prazo atende a expectativa de retorno do investidor. De forma geral, quanto
maior o prazo de um investimento, menos atrativo ele se torna.
2. Valor
Presente Líquido (VPL)
O VPL representa o valor de um
patrimônio futuro no momento presente, sendo calculado através da soma de todos
os fluxos de caixa futuros, descontados a uma taxa de juros (neste caso, a
TMA). Dessa forma, se torna mais fácil à comparação com o valor a ser
investido, sendo possível demonstrar que um projeto valerá mais do que quanto
custou.
A avaliação do VPL, portanto, se resume a:
– Se o VPL for maior que 0: o
investimento é capaz de recuperar o capital aplicado e gerar lucro, sendo
assim, é considerado viável;
– Se o VPL for igual a 0: o
investimento não traz prejuízo nem lucro, portanto, não há compensação em
realizá-lo, tornando-o inviável;
– Se o VPL for menor que 0: o
investimento é maior do que o potencial de retorno, logo, o projeto é inviável.
3. Taxa
Interna de Retorno (TIR)
A TIR, de forma simples, representa a
taxa de retorno do investimento, ou seja, é o fator que, multiplicado pelo
capital aportado, demonstra quanto será o seu retorno financeiro. É um
indicador de fácil comparação entre investimentos, podendo rapidamente
identificar projetos de maior rentabilidade. Em uma análise, ele sempre será
comparado a TMA, que é a Taxa Mínima de Atratividade estabelecida para o
projeto. Sendo assim, a avaliação realizada é:
– Se a TIR é maior que a TMA: o projeto
é viável;
– Se a TIR é igual a TMA: o projeto é
indiferente (é viável, porém, há outras opções com a mesma taxa de retorno);
– Se a TIR é menor que a TMA: o projeto
é inviável, pois há outras possibilidades de investimento de maior rentabilidade.
4. Índice de
Lucratividade (IL)
Um dos indicadores mais simples,
basicamente indica se a empresa lucrará ou não com o projeto. Em termos
práticos, o IL demonstrará quantos reais se terá de retorno para cada R$ 1,00
investido. Ele é calculado através da relação entre o lucro e a receita obtida
em determinado período. Para sua avaliação, leva-se em conta então:
– Se o IL for maior que 1: o
investimento é recomendado
– Se o IL for menor que 1: o
investimento não é recomendado
Cada um dos métodos apresentados busca
analisar elementos diferentes de um investimento. Analisá-los em conjunto
possibilita entender as nuances do projeto e o comportamento do seu fluxo de
caixa ao longo do tempo. De posse destas informações, é possível definir
estratégias que possam melhorar suas condições.
E agora que você já sabe a importância
e as particularidades de uma análise de viabilidade financeira, recomendamos
que faça um diagnóstico gratuito com a Ásense e avalie as necessidades do seu
negócio!